domingo, 25 de abril de 2010

Da série: Conversando na Janela

Episódio: Chantagem é inata?

- Pai, pega minha bola que caiu ali em cima da garagem da casa da Tânia?
- Ih, João... a bola tá muito lá embaixo, não vai ter como pegar.
- Mas eu vou ficar sem a minha bola do Botafogo?
- Ué, você quer que eu faça o quê? Não tem como pegar...
- Aaaah, e eu vou ficar sem minha bola? Você vai querer que eu vire Flamengo?

Da série: Conversando na Janela

Episódio: Vovô viu a uva.

Assistindo a final do Paulistão entre Santo André e Santos:

- Pai, quem tá jogando com a mesma camisa do Botafogo?
- O Santos.
- Então o Botafogo vai ter que mudar de camisa, né?
- Não, João, o Santos é de São Paulo o Botafogo é do Rio de Janeiro. São camisas parecidas, não são iguais.
- E quem é o outro time?
- É o Santo André.
- Mas quem é o outro time?
- Já falei. É o Santo André.
- Não tô perguntando do jogador...
- E eu não estou falando do jogador. O time é que se chama Santo André.
- Mas porque que tá "sta" na televisão?
- Porque é o nome do time.
- ?
- Santos é o "san", Santo André é o "sta".
- Mas quando tem jogo do botafogo aparece bê, ó, tê. Quando tem jogo do Flamengo aparece éfi, éli, a.
- O "s" é do "San" e o "t" é do "to" e o "a" é do "André": San-To André.
- Mas não pode, tinha que ser "san".
- Mas aí vai ficar igual ao Santos. Como você vai saber quem tá ganhando o jogo?
- Ah, é.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Da série: Conversando na Janela

Episódio: O melhor amigo do homem.

- Alô.
- Oi, pai.
- Oi, meu filho.
- Anota um número aí.
- Calma aí... Pode falar.
- Dois, seeete, um, dois, três, oito, três, um. Essa moça tá vendendo um cachorrinho.
- E?
- É pra você ligar pra ela e comprar um cachorrinho.
- Tá bom.
- Então tá. Tchau.

Dois minutos depois.

- Oi, pai.
- Oi, meu filho.
- Já comprou o cachorrinho?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Da série: Jornala, jornalista!

Após as chuvas que assolaram a região metropolitana do Rio de Janeiro nesta última semana, uma repórter foi cobrir o deslizamento em um dos tantos morros que foram açoitados na tragédia. E, empunhando o microfone como quem empunha uma espada na hora da luta, se aproximou de um senhor de aproximadamente 60 anos para entrevistá-lo. Começou a interlocução com a seguinte pergunta:

- E aí, senhor? Muita chuva?

Da série: Conversando na Janela

Episódio: Comunismo.

- João, me dá uma bolinha de queijo aí.
- Aaaaah, só tem duas.
- Então, me dá uma.
- Mas só tem duas.
- Então, me dá uma e fica com uma.
- Pode ser uma partida?
- Pô, João, te comprei um monte de joguinho.
- Tá booooooom...

Poema das medidas

Não quero que você sinta nada por ninguém,

Se não for sentir por mim,
Quero seu cerebelo cego,
Seu aurículo direito manco,
Seu décimo brônquio mudo,
Seu frio na barriga surdo.

Quero um seco na sombra do seu pranto.

Por mim, tédio ou ansiedade,
Qualquer medida de saudade.
Por mim, nojo ou tesão,
Qualquer medida de paixão.
Por mim, admiração ou rancor,
Qualquer medida de amor.

Por mim, e por mais ninguém,
Qualquer medida de zero a cem.