Como saio dessa?
Será um poço sem fundo?
Estar no mundo errado?
Ou estar errado no mundo?
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Poema pras Bonitas
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
A da festa é aquela que espera,
Igual a da praça, igual a do jazz.
A mesma que bonita me cega
E que cega mais três, que cega mais dez.
Que atrai outros tão vinte e dois
E que tem vinte e dois (bailarina da vez).
Que espanca! me cobra fiança,
Me enxota, me afrouxa, me toma o mês.
A outra é aquela da mesa
Que avança certeira além do Paraguai.
Que puxa a cadeira faceira
Que não está de bobeira (uma dose a mais!).
Que encanta, meus males espanta,
Me brota palavras, me beija e se faz
Que inflama minha agenda, meu blog,
E seca, esnobe, meu dicionário Houaiss.
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
A do hotel é aquela que espera
Que foi e que era, que hoje não é mais.
A mesma que bonita me cega
E à farra me entrega um caminho pra trás.
E namora com cara mais velho,
Que deu com o chinelo no Freud de mim.
Que espanca! me cobra fiança,
Me vende, me rende, me expurga no fim.
A outra é áquela bandida
Que avança certeira a fronteira latina.
Que arrega, bufando desprega,
Tesão assombroso na voz de menina.
Que encanta, meus males espanta,
Rodopia gostosa, me beija e se faz
Que vai embora, que mora na hora,
E que deixa no ar um gosto de quero mais.
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
A da festa é aquela que espera,
Igual a da praça, igual a do jazz.
A mesma que bonita me cega
E que cega mais três, que cega mais dez.
Que atrai outros tão vinte e dois
E que tem vinte e dois (bailarina da vez).
Que espanca! me cobra fiança,
Me enxota, me afrouxa, me toma o mês.
A outra é aquela da mesa
Que avança certeira além do Paraguai.
Que puxa a cadeira faceira
Que não está de bobeira (uma dose a mais!).
Que encanta, meus males espanta,
Me brota palavras, me beija e se faz
Que inflama minha agenda, meu blog,
E seca, esnobe, meu dicionário Houaiss.
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
A do hotel é aquela que espera
Que foi e que era, que hoje não é mais.
A mesma que bonita me cega
E à farra me entrega um caminho pra trás.
E namora com cara mais velho,
Que deu com o chinelo no Freud de mim.
Que espanca! me cobra fiança,
Me vende, me rende, me expurga no fim.
A outra é áquela bandida
Que avança certeira a fronteira latina.
Que arrega, bufando desprega,
Tesão assombroso na voz de menina.
Que encanta, meus males espanta,
Rodopia gostosa, me beija e se faz
Que vai embora, que mora na hora,
E que deixa no ar um gosto de quero mais.
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Micropoema da Menina que Tocatamborim
Se não me distraio, me traio.
Paro e disparo:
Quero dançar o teu samba.
Quero cantar teu sorriso raro.
Paro e disparo:
Quero dançar o teu samba.
Quero cantar teu sorriso raro.
domingo, 21 de junho de 2009
Poema Traiçoeiro
Fui à Lapa,
Faca entre os dentes.
Buscar a traiçoeira
Para uma festa quente.
Festei.
Saí da festa
Com a mão entrelaçada.
Inventei um romance
Sentado na calçada.
Apaixonei.
Ela me mandou embora,
Vai lá tu, correr no fundo.
E eu fazendo poema pra ela,
Sorriso mais bonito do mundo.
Faca entre os dentes.
Buscar a traiçoeira
Para uma festa quente.
Festei.
Saí da festa
Com a mão entrelaçada.
Inventei um romance
Sentado na calçada.
Apaixonei.
Ela me mandou embora,
Vai lá tu, correr no fundo.
E eu fazendo poema pra ela,
Sorriso mais bonito do mundo.
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Micropoema do Vácuo
Meu amor por você:
Somberro cuspido no nada.
Você não ouvirá mais.
Ninguém sabe como se propaga.
Somberro cuspido no nada.
Você não ouvirá mais.
Ninguém sabe como se propaga.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Micropoema do Buzão
Saí correndo para pegar o buzão
Para saber se o Bujão já sabe fazer doce.
Se quer tudo como quer que tudo fosse.
Se quer tudo como se fosse um sesse.
Para saber se o Bujão já sabe fazer doce.
Se quer tudo como quer que tudo fosse.
Se quer tudo como se fosse um sesse.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Pretérito Mais que Verdadeiro do Indicativo
Eu pinoqueio.
Tu pinoqueias.
Ele(a) pinoqueia.
Nós pinoqueiamos.
Vós pinoqueiais.
Ele(a)s Pinoqueiam.
Tu pinoqueias.
Ele(a) pinoqueia.
Nós pinoqueiamos.
Vós pinoqueiais.
Ele(a)s Pinoqueiam.
domingo, 7 de junho de 2009
Poema do Dançarefinalizar
Conheci uma menina marginal,
Memória de elefante,
Que foi andarilha errante
Dos butecos manauaras.
Defensora incontestável
De um tratado inconsolável
Das liberdades provisórias
Às libertinas camisolas,
Está com a cabeça a prêmio
Porque apontou o dedo em riste
E é tema único e solitário
Desse meu clandestino chiste.
Bailarina madruguenha,
Fugitiva de romances,
Carnavalesca caribenha,
Nada será como antes.
Aprendeu na gafieira
A dançar como ninguém
E a marcar coreografia
Nos granfinales do bem.
E com máximo respeito
Que o meu peito pode arcar:
Me tire um dia no salão
Para dançar e finalizar.
Memória de elefante,
Que foi andarilha errante
Dos butecos manauaras.
Defensora incontestável
De um tratado inconsolável
Das liberdades provisórias
Às libertinas camisolas,
Está com a cabeça a prêmio
Porque apontou o dedo em riste
E é tema único e solitário
Desse meu clandestino chiste.
Bailarina madruguenha,
Fugitiva de romances,
Carnavalesca caribenha,
Nada será como antes.
Aprendeu na gafieira
A dançar como ninguém
E a marcar coreografia
Nos granfinales do bem.
E com máximo respeito
Que o meu peito pode arcar:
Me tire um dia no salão
Para dançar e finalizar.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Poema do Panoptismo
Quando minhas vozes embrutecem
Nos cantos surdos do meu corpo
E quando o mesmo, paralisado e oco,
Permite o eco das vontades negadas
É que me faço cambalaxo zombeteiro,
Marginália, mais frágil que matreiro,
Embriagado no rigor das certezas mortas
E no seu olhar que atravessa a ponte e me vigia.
Mergulho num teatro raso de alegria,
Performance sabotadora e autopunitiva,
E não me esqueça no porão da sua memória,
E não me atropele com sua locomotiva.
Porque eu não vou fugir da sua raia,
Mas vou pedir pro DJ tocar dez vezes Tim Maia.
Porque estás comigo quando estou além,
Ainda que o DJ toque cem vezes Jorge Ben.
Nos cantos surdos do meu corpo
E quando o mesmo, paralisado e oco,
Permite o eco das vontades negadas
É que me faço cambalaxo zombeteiro,
Marginália, mais frágil que matreiro,
Embriagado no rigor das certezas mortas
E no seu olhar que atravessa a ponte e me vigia.
Mergulho num teatro raso de alegria,
Performance sabotadora e autopunitiva,
E não me esqueça no porão da sua memória,
E não me atropele com sua locomotiva.
Porque eu não vou fugir da sua raia,
Mas vou pedir pro DJ tocar dez vezes Tim Maia.
Porque estás comigo quando estou além,
Ainda que o DJ toque cem vezes Jorge Ben.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Poema das Vírgulas
Se você for só meu amor,
Amor meu em mim será só.
E se só você se for,
Deixando-me só, com teu amor,
Só ficaria só.
Entretanto,
Se você for só, meu amor,
Amor, meu em mim será só.
E se, só, você se for,
Deixando-me, só com teu amor,
Só ficaria, só.
***
Abaixo,
Reescreva o Poema das Vírgulas
Substituindo a palavra só
Pelas seguintes palavras:
- Sozinho
- Sozinha
- Apenas
- Único
Amor meu em mim será só.
E se só você se for,
Deixando-me só, com teu amor,
Só ficaria só.
Entretanto,
Se você for só, meu amor,
Amor, meu em mim será só.
E se, só, você se for,
Deixando-me, só com teu amor,
Só ficaria, só.
***
Abaixo,
Reescreva o Poema das Vírgulas
Substituindo a palavra só
Pelas seguintes palavras:
- Sozinho
- Sozinha
- Apenas
- Único
Poema das Lacunas
Se você for _______ meu amor,
Amor meu em mim será _______.
E se _______ você se for,
Deixando-me _______, com teu amor,
_______ ficaria _______.
Entretanto,
Se você for _______, meu amor,
Amor, meu em mim será _______.
E se, _______, você se for,
Deixando-me, _______ com teu amor,
_______ ficaria, _______.
Amor meu em mim será _______.
E se _______ você se for,
Deixando-me _______, com teu amor,
_______ ficaria _______.
Entretanto,
Se você for _______, meu amor,
Amor, meu em mim será _______.
E se, _______, você se for,
Deixando-me, _______ com teu amor,
_______ ficaria, _______.
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