Quando minhas vozes embrutecem
Nos cantos surdos do meu corpo
E quando o mesmo, paralisado e oco,
Permite o eco das vontades negadas
É que me faço cambalaxo zombeteiro,
Marginália, mais frágil que matreiro,
Embriagado no rigor das certezas mortas
E no seu olhar que atravessa a ponte e me vigia.
Mergulho num teatro raso de alegria,
Performance sabotadora e autopunitiva,
E não me esqueça no porão da sua memória,
E não me atropele com sua locomotiva.
Porque eu não vou fugir da sua raia,
Mas vou pedir pro DJ tocar dez vezes Tim Maia.
Porque estás comigo quando estou além,
Ainda que o DJ toque cem vezes Jorge Ben.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
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Novidade. Olhar triste, assustado...não panóptico, controlador...descontrolado.
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