Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
A da festa é aquela que espera,
Igual a da praça, igual a do jazz.
A mesma que bonita me cega
E que cega mais três, que cega mais dez.
Que atrai outros tão vinte e dois
E que tem vinte e dois (bailarina da vez).
Que espanca! me cobra fiança,
Me enxota, me afrouxa, me toma o mês.
A outra é aquela da mesa
Que avança certeira além do Paraguai.
Que puxa a cadeira faceira
Que não está de bobeira (uma dose a mais!).
Que encanta, meus males espanta,
Me brota palavras, me beija e se faz
Que inflama minha agenda, meu blog,
E seca, esnobe, meu dicionário Houaiss.
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
A do hotel é aquela que espera
Que foi e que era, que hoje não é mais.
A mesma que bonita me cega
E à farra me entrega um caminho pra trás.
E namora com cara mais velho,
Que deu com o chinelo no Freud de mim.
Que espanca! me cobra fiança,
Me vende, me rende, me expurga no fim.
A outra é áquela bandida
Que avança certeira a fronteira latina.
Que arrega, bufando desprega,
Tesão assombroso na voz de menina.
Que encanta, meus males espanta,
Rodopia gostosa, me beija e se faz
Que vai embora, que mora na hora,
E que deixa no ar um gosto de quero mais.
Eu conheço duas bonitas,
Uma que espera, outra que avança.
As duas são muito bonitas,
Uma me cega, outra me encanta.
As duas são muito bonitas,
Uma me beija, outra me espanca!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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