quinta-feira, 21 de maio de 2009

Poema das Praxidades

Quando me indagam praxidades,
Minha resposta fica logo larga
E eu me contorço nas supostas bostas
Respostas da caridade.

Mas você se dá bem com ela?
Perguntam os engessados.
Mais que tu e a tua sonsa noiva,
Cambada de prego castrado.

Minha regra é não ter regra,

Ficar com o sinistro dela.
Namorar com teu sinismo sonso.
Casar com sua patetada.


Ver ela virar mulher na lua cheia da madrugada.

Deitar num colchão furado,
Passagem pra terra finda.
Trepar na pedra selvagem,
Calombo da praia linda.

Guardar seu carinho todo

No tapa que me deu na cara.
Ferver sua pele toda,

Espelho de beleza rara.

E quando, em mais um lance vesgo,
Perguntar como era antes,
Direi: somos confidentes,
Comparsas e, quem sabe, amantes.

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